segunda-feira, agosto 06, 2001
(((Mas, naturalmente, será isto que não será)))
Charles Fort
Uma procissão de danados
É nossa convicção que o fluxo entre isto que não é e isto que não será, ou o estado que é comum e absurdamente chamado de "existência", seja um ritmo de paraísos e infernos; que os danados não permanecem danados; que a salvação preceda só a perdição. Infere-se que um dia nossos malditos maltrapilhos tornar-se-ão anjos plenos de graça. A seguir se subinfere que, posteriormente, voltarão para donde vieram.
É nossa convicção que nada possa tentar ser, sem tentar excluir qualquer outra coisa e que isto que é usualmente chamado "ser" seja um estado que é elaborado de modo mais ou menos definitivo segundo a comparação da diferença decisiva entre o que é incluso e o que é excluso.
Mas estamos convictos que estas não são as diferenças decisivas e que todas as coisas são como um rato e um percevejo no coração de um queijo. Rato e Percevejo: não existem duas outras coisas que podem parecer mais dessemelhantes. Se permanecem ali uma semana, ou permanecendo um mês: entre eles apenas se verificarão transmutações do queijo. Acredito que nós todos somos percevejos e ratos e que somos apenas expressões diferentes de um queijo omnicompreensivo.
Ou que o vermelho não seja decididamente diferente do amarelo: trata-se apenas de um alto grau de vibração de que o amarelo representa apenas uma parte: que o amarelo e o vermelho são contínuos e que se fundem no laranja.
Tanto que, então, se sobre a base do amarelo e do vermelho devesse a Ciência estabelecer a tentativa de classificar todos os fenômenos, considerando todas as coisas vermelhas como verdadeiras e todas amarelas como falsas ou ilusórias, a linha demarcatória seria falsa e arbitrária, porque a coisa de cor alaranjada constituindo uma continuidade pertenceria às duas partes da linha limite.
Prosseguindo, permaneceremos feridos por isto: Que não foi concebida nenhuma base para classificação, ou para exclusão e inclusão mais racional que aquela do amarelo e do vermelho.
Charles Fort
Uma procissão de danados
É nossa convicção que o fluxo entre isto que não é e isto que não será, ou o estado que é comum e absurdamente chamado de "existência", seja um ritmo de paraísos e infernos; que os danados não permanecem danados; que a salvação preceda só a perdição. Infere-se que um dia nossos malditos maltrapilhos tornar-se-ão anjos plenos de graça. A seguir se subinfere que, posteriormente, voltarão para donde vieram.
É nossa convicção que nada possa tentar ser, sem tentar excluir qualquer outra coisa e que isto que é usualmente chamado "ser" seja um estado que é elaborado de modo mais ou menos definitivo segundo a comparação da diferença decisiva entre o que é incluso e o que é excluso.
Mas estamos convictos que estas não são as diferenças decisivas e que todas as coisas são como um rato e um percevejo no coração de um queijo. Rato e Percevejo: não existem duas outras coisas que podem parecer mais dessemelhantes. Se permanecem ali uma semana, ou permanecendo um mês: entre eles apenas se verificarão transmutações do queijo. Acredito que nós todos somos percevejos e ratos e que somos apenas expressões diferentes de um queijo omnicompreensivo.
Ou que o vermelho não seja decididamente diferente do amarelo: trata-se apenas de um alto grau de vibração de que o amarelo representa apenas uma parte: que o amarelo e o vermelho são contínuos e que se fundem no laranja.
Tanto que, então, se sobre a base do amarelo e do vermelho devesse a Ciência estabelecer a tentativa de classificar todos os fenômenos, considerando todas as coisas vermelhas como verdadeiras e todas amarelas como falsas ou ilusórias, a linha demarcatória seria falsa e arbitrária, porque a coisa de cor alaranjada constituindo uma continuidade pertenceria às duas partes da linha limite.
Prosseguindo, permaneceremos feridos por isto: Que não foi concebida nenhuma base para classificação, ou para exclusão e inclusão mais racional que aquela do amarelo e do vermelho.