quinta-feira, maio 16, 2002

 

((( Francesa destrói coleção roubada de US$ 1,4 bilhão )))

deu na BBC

16 de maio, 2002

Objetos roubados estavam em Estrasburgo


A francesa Mireille Breitwieser foi presa na cidade de Estrasburgo, na França, acusada de ter destruído uma coleção de objetos de arte no valor de mais de US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 3,5 bilhões). Um detalhe tornou a história inusitada: os objetos haviam sido roubados pelo filho de Mireille.

Stéphane Breitwieser, de 31 anos, vinha juntando os objetos há sete anos na casa de sua mãe.

Ele foi preso em novembro de 2001, depois de ser pego em flagrante ao tentar roubar uma corneta de um museu de Lucerna, na Suíça.

Quando soube da prisão de seu filho, Mireille jogou armas e instrumentos musicais antigos no rio Reno. Depois, rasgou quadros e quebrou vasos chineses. A coleção contava com 172 obras.

Destruição inédita

Alexandra Smith, diretora de operações do Art Loss Register, uma organização que rastreia objetos de arte roubados, disse à BBC que nunca viu uma destruição nessa escala.

"O valor estimado pela polícia francesa, de US$ 1,4 bilhões está correto", afirmou.

Entre as obras destruídas estão o Retrato de Madalena da França, pintado por Corneille de La Haya no século 16, e O Pastor Adormecido, de François Boucher. Também faziam parte da coleção um violino do século 17 que pertencia a um museu da Basiléia, na Suíça, e Dois Homens, de Antoine Watteau, retirado do Museu de Montpellier, na França.

Cúmplice

Stéphane Breitwieser costumava viajar por várias cidades da Europa e arrumava emprego como garçom enquanto "estudava" os museus locais. Segundo a polícia de Estrasburgo, Breitwieser roubou artigos na França, Suíça, Alemanha, Holanda, Bélgica e Áustria.

O francês tinha como cúmplice sua namorada, Catherine Klienklauss. Os dois costumavam visitar museus, galerias e coleções particulares pequenas e com um esquema de segurança menos rígido.

A mãe de Stéphane Breitwieser, Mireille, disse à polícia que destruiu as obras por raiva de seu filho.

A história expôs a fragilidade do esquema de segurança sob o qual são mantidas muitas das pequenas coleções de arte da Europa.

"Os museus pequenos tentam fingir que possuem um sistema de alarme que avisa quando alguém toca nos quadros", disse Alexandra Smith. "Mas esse sistema é muito caro e muitos simplesmente não o adotam."


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