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(( Cochilo de advogado tira condenado do corredor da morte nos EUA ))

03/06/2002
da Reuters, em Washington

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou hoje a apelação do Estado do Texas que queria executar um prisioneiro, mesmo depois de seu advogado ter dormido em vários momentos do julgamento em Houston, em 1984.

Os juízes mantiveram o parecer de um tribunal de apelação que determinou que Calvin Burdine, 48, merecia um segundo julgamento porque seu advogado dormiu tanto e por momentos tão longos que comprometeram o direito constitucional do preso à assistência jurídica efetiva.

Embora o advogado indicado pelo tribunal tenha ficado "repetidamente inconsciente" durante o caso, o Texas argumentava que isso não afetou o resultado, que acabou com a condenação de Burdine a sentença de morte pelo esfaqueamento de seu amante gay.

De acordo com o testemunho posterior de jurados e autoridades do tribunal, o já falecido advogado Joe Cannon dormiu por dez vezes, chegando a dez minutos em uma delas, durante o julgamento de seis dias.

Advogados de defesa afirmaram que Cannon chegou a dormir em momentos importantes do caso, como quando o promotor interrogou testemunhas e apresentou evidências.

Burdine foi condenado à morte por esfaquear até a morte W.T. Wise, em 1983, na casa compartilhada pelos dois em Houston. Burdine disse que estava bravo porque Wise havia pedido que ele se prostituísse para ganhar dinheiro.