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(( Dinheiro para o combate às drogas foi gasto em canal de TV pornô ))

deu no IG

Uma parte do dinheiro concedido pelos EUA à Polícia Antinarcóticos da Colômbia foi desviado para a compra de livros de matemática, para o combate à praga da manga, e para assinatura de canais pornográficos de televisão, denunciou hoje, quinta-feira, a rede de TV RCN.


O canal difundiu um documento da Embaixada dos EUA em Bogotá sobre o desvio de US$ 2 milhões entregues à divisão antinarcóticos da Polícia.

A RCN informou que, segundo o documento, o "dinheiro da ajuda antinarcóticos foi empregado -por exemplo- na compra de livros para combater a praga da manga e na assinatura de canais pornográficos para uma companhia de Florença (departamento do Caquetá), tudo com verba da luta antidrogas".

Estas denúncias vieram à tona dois dias depois da destituição do diretor da Polícia, general Luis Ernesto Gilibert, substituído na quarta-feira pelo general reformado Teodoro Campo Gómez.

O novo diretor do organismo foi reincorporado ao serviço após 18 meses de sua saída do corpo policial, em uma decisão sem precedentes no país.

O desvio dos fundos foi descoberto em maio pela Embaixada dos EUA e precipitou a saída da Polícia de uns 20 oficiais, entre eles o chefe da divisão antinarcóticos, general Gustavo Socha.

A investigação revelou também o fracionamento das compras em vários contratos para que não se ultrapassasse o limite de US$ 2.500 por fatura.

O canal RCN informou também que entre as "despesas infrutíferas" detectadas com os fundos dos EUA figura a compra de livros de matemática financeira, peças para computador pelo dobro de seu preço comercial e o conserto de motocicletas e carros de luxo confiscados dos narcotraficantes.

Além disso, acrescentou que uma parte da verba para "mantimentos de operações especiais", dos cachorros amestrados para farejar drogas, foi utilizada na compra de alimentos para as cafeterias da Direção Antinarcóticos e em "almoços protocolares".

Em um dos trechos do documento, a Embaixada dos EUA adverte que a Polícia Antinarcóticos "não está usando os recursos para o objetivo operacional determinado de início" e por isso essa representaçã diplomática está pagando pelo "esbanjamento" e pela "ineficácia".