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(( Cápsulas e bolinhas podem ser a alimentação do futuro ))

deu no Terra


Palitinhos para beliscar, cápsulas vegetais ou bolinhas de especiarias: uma jovem equipe de criadores apresentou sua primeira "coleção do imaginário alimentar" no Salão Internacional da Alimentação de Paris e está reiventando os hábitos de consumo.

O grupo partiu da idéia de que a criação e inovação em matéria de produção de alimentos não têm tido o espaço adequado. Edouard Malbois e Philippe Baumont abriram em abril deste ano o primeiro "escritório de estilos" do setor, chamado de Enivrance. O escritório dos rapazes é original, não há caderno de tendências para definir o que será a moda do futuro, como nas tradicionais empresas de estilo. Seu "leque de sabores", que se apresenta em forma de livro, oferece hoje às empresas do setor de alimentos várias propostas que nada têm a ver com a ficção científica. Todas as suas invenções têm protótipos.

Por exemplo, a "placa alimentar", de forma retangular, pode ser um aglomerado de salada, de grãos ou de hortaliças. Divisível, prática, pode ser transportada e consumida em qualquer lugar. Do mesmo modo, as "cápsulas vegetais" podem ser consumidas todas de uma vez ou com outros alimentos. Igualmente fáceis de usar são as "bolinhas de tempero" de açafrão ou noz moscada, ou as pastilhas que contêm um concentrado de frutas. Outra novidade é um "cartão de condimentos", feito de folhas de pimenta, gergelim ou de qualquer outra especiaria, fácil de cortar em pedaços.

Para as recepções, os criadores imaginaram um "novo bufê", no qual pastéis e outros salgadinhos são substituídos por palitinhos crocantes cobertos com grãos de gergelim e "cigarros de frutas", que nada mais são do que frutas enroladas em folhas de menta.

Para ajudar a digerir todas essas inovações culinárias, uma "infusão sólida" que se desfaz na boca será servida aos convidados no final do almoço. O sanduíche do futuro deve ser feito de vários extratos de alimentos em placas, como um folheado, sobrepostos segundo o gosto de cada um.

Os criadores garantem que a primeira coleção já teria chamado a atenção de empresas do setor de alimentos. Entretanto recusam-se a divugar os nomes dos interessados.