quarta-feira, outubro 02, 2002

 

(( Pesquisa: o sexo no escritório ))

Para muitos americanos, é uma boa idéia

deu no Estadão

A pesquisa foi feita "on line", nos EUA, pela revista feminina Elle e uma rede de televisão. Resultado: 41% dos americanos consultados já tiveram algum tipo de relação sexual com colegas de trabalho e, o que é mais significativo: na metade dos casos, esse relacionamento se deu sobre as mesas de trabalho e ou de reuniões, em sofás, nos banheiros e mesmo nas escadarias dos prédios.

E, para 90% dos pesquisados, a idéia de fazer sexo no local de trabalho não é absolutamente desagradável e, aliás, muito pelo contrário. Foram ouvidas mais de 31 mil pessoas, com idade média de 33 anos no caso das mulheres e 36 no dos homens. Convidados a narrar suas experiências, muitos se entusiasmaram, como um especialista de comunicações, de 32 anos que, descontraído, conta que "pintou e bordou": "Minha mulher e eu nos conhecemos no local de trabalho, e a atração física entre nós era tão grande que fazíamos amor onde quer que fosse. O sexo, porém, não nos impedia de cumprir nossos deveres."

Janet Lever, socióloga da Universidade da Califórnia e coordenadora da pesquisa, comenta que ter um caso amoroso no trabalho é um estímulo que torna mais leve a jornada e ajuda a trabalhar melhor. Outro dado interessante: a porcentagem dos que se deixam seduzir pelo fascínio do poder é maior no caso das mulheres (em tempo: estamos falando dos EUA, onde a pesquisa foi feita). No exemplo clássico do chefe, ou chefa, que tem uma secretária, ou secretário, as mulheres seduzidas são 53%, e os homens 20%. O fator delicado, neste tipo de relacionamento, é o perigo da represália quando o colega que decide romper o relacionamento ocupa o cargo inferior.

Outros fatores de incômodo: o ciúme e a inveja dos colegas (por que ele e não eu?), que leva, freqüentemente, a denúncias de "favoritismos". Uma preocupação revelada pelos 41% que responderam sim à pergunta inicial da pesquisa: as normas contra assédio sexual vigentes em grande parte das empresas, majoritariamente consideradas excessivas: apenas 9% deste universo concordaram que olhadelas e sorrisos podem ser classificados como assédio.

A história toda pode complicar-se no reverso da medalha, ou seja, no rompimento. Uma pesquisada de 38 anos contou, angustiada: "Eu saía com um colega porque me sentia sozinha, apenas isso. Mas, quando resolvi romper, minha vida no escritório transformou-se num pesadelo." Aí, diz a socióloga Janet Lever, a solução pode ser uma só: procurar outro emprego.

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