terça-feira, julho 08, 2003

 
(( Preguiça sexual atinge um quinto dos americanos ))

deu no Terra

Uma epidemia de preguiça erótica vem preocupando os terapeutas dos Estados Unidos, onde um de cada cinco casais tem menos de dez relações sexuais por ano e as camas não são muito mais ativas para as duplas.
O fastio sexual foi um dos assuntos de maior interesse em uma conferência recente que reuniu, em Reno (Nevada), mais de 2 mil conselheiros matrimoniais, sociólogos, psicólogos, clérigos, funcionários públicos, médicos e o público em geral. "Em parte a culpa é da vida moderna, pois os casais estão muito ocupados com o trabalho, os filhos e outros compromissos e não têm nem tempo nem energia para fazer amor", disse a terapeuta Michele Weiner.

"Um casamento com falta de relações sexuais é um casamento em perigo", acrescentou Weiner, autora de um livro de sucesso intitulado "The Sex-Starved Marriage" (O casamento faminto de sexo). "Calcula-se que um em cada três casais tem problemas relacionados com o pouco desejo sexual", segundo Weiner. "As queixas pela falta de apetite é o problema mais comum que nós terapeutas sexuais vemos".

"E se o senhor acha que o pouco apetite sexual é coisa só de mulheres, é melhor pensar de novo", acrescentou. "Muitos especialistas sexuais acham que a falta de desejo sexual é o segredo mais bem guardado dos homens nos EUA".

Segundo estudos apresentados na conferência, 20% dos casamentos nos Estados Unidos são de "casais sem sexo", ou seja, que mantêm relações menos de dez vezes por ano. E se alguém acha que é o casamento que afoga o entusiasmo sexual, as estatísticas negam essa percepção: um de cada três casais não casados oficialmente, que moram juntos há mais de dois anos, tem a mesma freqüência sexual, cerca de dez vezes por ano.

Conforme pesquisa do Centro de Pesquisa de Opinião, da Universidade de Chicago, os adultos nos EUA têm, em média, relações sexuais 61 vezes por ano, embora haja variações de acordo com o estado civil e a idade. Mas a apatia que preocupa os especialistas não se deve somente às exigências, supostamente muito maiores, da vida moderna.

Segundo Weiner a geração "baby boomer" -os nascidos no período posterior à Segunda Guerra Mundial, quando muitos soldados voltaram ao país-, e a de seus filhos, têm algumas noções equivocadas sobre o desejo e a manutenção de uma vida sexual saudável no casamento. "A falta de tempo é só uma conseqüência de uma ordem equivocada de prioridades", acrescentou. "Os casais têm que entender que a relação sexual leva à intimidade e fortalece a relação".

A diminuição do desejo sexual, dos dias apaixonados do começo à convivência mais acalmada, é um fato comum que afeta dois de cada cinco casais. Os especialistas assinalaram que a tempestade química que transtorna o cérebro na fase do começo de namoro habitualmente amaina durante o primeiro ou segundo ano de relação.

"A inibição do desejo é o problema sexual mais comum nos casais", acrescentou Barry Mccarthy, terapeuta sexual do Centro de Psicologia da American University, em Washington. "Mas isto não tem por que ser uma função da idade, algo que vem com o envelhecimento. A natureza do desejo muda com a idade, mas a vitalidade sexual contribui para a boa saúde geral".



Comments: Postar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?