segunda-feira, setembro 08, 2003

 
(( TV denuncia extração de órgãos de pessoas vivas em Moscou ))


da France Presse, em Moscou

O grande número de extrações de rins que se acreditava que era feito de pacientes mortos em Moscou foram realizados na verdade de doentes ainda com vida, declarou ontem a rede de TV pública dsa Rússia, em reportagem especial.

A lei determina que as extrações aconteçam meia hora depois de certificado o óbito, mas os cirurgiões do centro de coordenação de doação de órgãos da cidade fizeram dezenas de intervenções deste tipo em pacientes em coma, segundo a rede de TV.

Cerca de 37 extrações aconteceram nos hospitais da capital russa entre abril e agosto e, em apenas três havia o certificado de óbito. Segundo a reportagem, as vítimas destes atos ilegais são sem-teto.

De um modo geral, "estão condenados, mas ainda podem viver mais três ou quatro dias", declarou um médico anônimo. "Os autores destas extrações procuram acelerar este processo."

Pagam aos anestesistas para que fechem os olhos. Os rins obtidos podem chegar a valer US$ 40 mil no mercado negro e beneficiam doentes ricos, alguns estrangeiros, que fazem transplantes na capital russa.

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