domingo, fevereiro 15, 2004
Folha de SP
15/02/2004 - 15h44
Trabalho de parto apressa cerimônia em casamento comunitário
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LUCIANE SCARAZZATI
do Agora
Cerca de 8.000 pessoas estiveram presentes ao maior casamento comunitário do mundo, na manhã deste domingo, no Ginásio do Ibirapuera (zona sul da capital), segundo o governo do Estado. No total, 1.434 casais se uniram, e cinco mil pessoas foram como convidados.
O evento deveria começar às 10h. Mas o primeiro casamento aconteceu às 9h50, de forma inusitada --a dona-de-casa Maria José Basílio da Silva, 35, entrou em trabalho de parto, e precisou sair para o hospital. Ela estava grávida de oito meses. Depois da breve cerimônia, Maria José foi levada para o Hospital São Paulo.
Segundo seu marido, o operador Sérgio Ferreira, 41, o casal, que mora em Ermelino Matarazzo (zona leste) já havia escolhido o nome do bebê --Deyvid.
Padrinhos
Logo depois, houve a abertura oficial do evento, com discurso do governador Geraldo Alckmin, que foi padrinho dos noivos, junto com a esposa Maria Lúcia, e do secretário Estadual da Justiça e Defesa da Cidadania, Alexandre Moraes, entre outras autoridades presentes.
O comerciante Napoleão José do Nascimento, 68, e a dona-de-casa Irani Britto Tamos, 65, formaram o primeiro casal oficialmente unido do evento. Às 10h40, eles assinaram a certidão. "Fiquei emocionada", conta Irani, que morava com Nascimento há 35 anos e já tem oito filhos.
A maior parte dos casais levou parentes e amigos para comemor o evento. O motorista Edson Carlos Magno, 50, comenta que insistiu durante 32 anos para oficializar o casamento com a dona-de-casa Cleonita Pereira e Silva, 53. As cinco filhas do casal ouviram falar sobre o casamento comunitário e convenceram a mãe a participar.
"Foi amor à primeira vista", diz o motorista. "Eu a conheci em um baile de carnaval e já a pedi em casamento. Fomos morar juntos um mês depois, mas ela não queria entrar na igreja nem no cartório."
Organização
Segundo os organizadores do evento, 11 mil pedaços de bolo foram distribuídos para os noivos e convidados, além de bebidas e refrigerantes. Além do governo estadual, associações de juízes e registradores patrocinaram o casamento.
Trezentos e cinqüenta voluntários trabalharam no local, orientando os casais. Cento e cinqüenta policiais militares fizeram a segurança. Nenhuma ocorrência grave foi registrada.
Em um dos portões do ginásio, duas ambulâncias e um carro dos bombeiros estavam de plantão. O serviço médico local realizou 34 atendimentos --seis deles eram casos de alterações de pressão arterial de noivas nervosas.
15/02/2004 - 15h44
Trabalho de parto apressa cerimônia em casamento comunitário
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LUCIANE SCARAZZATI
do Agora
Cerca de 8.000 pessoas estiveram presentes ao maior casamento comunitário do mundo, na manhã deste domingo, no Ginásio do Ibirapuera (zona sul da capital), segundo o governo do Estado. No total, 1.434 casais se uniram, e cinco mil pessoas foram como convidados.
O evento deveria começar às 10h. Mas o primeiro casamento aconteceu às 9h50, de forma inusitada --a dona-de-casa Maria José Basílio da Silva, 35, entrou em trabalho de parto, e precisou sair para o hospital. Ela estava grávida de oito meses. Depois da breve cerimônia, Maria José foi levada para o Hospital São Paulo.
Segundo seu marido, o operador Sérgio Ferreira, 41, o casal, que mora em Ermelino Matarazzo (zona leste) já havia escolhido o nome do bebê --Deyvid.
Padrinhos
Logo depois, houve a abertura oficial do evento, com discurso do governador Geraldo Alckmin, que foi padrinho dos noivos, junto com a esposa Maria Lúcia, e do secretário Estadual da Justiça e Defesa da Cidadania, Alexandre Moraes, entre outras autoridades presentes.
O comerciante Napoleão José do Nascimento, 68, e a dona-de-casa Irani Britto Tamos, 65, formaram o primeiro casal oficialmente unido do evento. Às 10h40, eles assinaram a certidão. "Fiquei emocionada", conta Irani, que morava com Nascimento há 35 anos e já tem oito filhos.
A maior parte dos casais levou parentes e amigos para comemor o evento. O motorista Edson Carlos Magno, 50, comenta que insistiu durante 32 anos para oficializar o casamento com a dona-de-casa Cleonita Pereira e Silva, 53. As cinco filhas do casal ouviram falar sobre o casamento comunitário e convenceram a mãe a participar.
"Foi amor à primeira vista", diz o motorista. "Eu a conheci em um baile de carnaval e já a pedi em casamento. Fomos morar juntos um mês depois, mas ela não queria entrar na igreja nem no cartório."
Organização
Segundo os organizadores do evento, 11 mil pedaços de bolo foram distribuídos para os noivos e convidados, além de bebidas e refrigerantes. Além do governo estadual, associações de juízes e registradores patrocinaram o casamento.
Trezentos e cinqüenta voluntários trabalharam no local, orientando os casais. Cento e cinqüenta policiais militares fizeram a segurança. Nenhuma ocorrência grave foi registrada.
Em um dos portões do ginásio, duas ambulâncias e um carro dos bombeiros estavam de plantão. O serviço médico local realizou 34 atendimentos --seis deles eram casos de alterações de pressão arterial de noivas nervosas.